A sócia Maíra Salomi, contribuiu com o debate acerca dos resultados alarmantes divulgados no 18º Anuário de Segurança Pública sobre violência doméstica, publicado na UOL.
Segundo divulgado, em 2023, mais de 1,2 milhão de mulheres foram vítimas de violência no Brasil, incluindo ameaças, agressões domésticas, feminicídios e estupros, sendo que o número aumentou exponencialmente em comparação com o ano de 2022.
Apesar do aumento de registros, refletindo maior número de ocorrências, conscientização e busca por proteção, a subnotificação continua a ser um desafio significativo, exacerbado por fatores psicológicos e desconfiança nas instituições.
Maíra destacou: “Deve-se observar que, se por um lado mulheres mais conscientes dos seus direitos, que repudiam a violência e reivindicam direitos geram um movimento eficiente de maiores registros e apurações de responsabilidades, de outro provocam uma resposta extremada de um discurso mais misógino e violento. Diante da resistência feminina em ocupar o lugar que lhes foi reservado de poucos direitos e subordinação, muitos homens (e mulheres) incentivam e estimulam ainda mais uma reação violenta de opressão e dominação das mulheres.Talvez por esse motivo, e pela persistente cultura patriarcal em nosso país, evidenciada pelas ainda gritantes desigualdades de gênero e pela firme resistência contra os avanços nos direitos das mulheres, tenha havido, de fato, um aumento real da violência de gênero nos últimos anos.”